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A Memória de Abril

Imagem retirada de www.reporter.online.pt/
Neste primeiro dia de Abril ainda pensei fazer-vos uma partida e colocar aqui qualquer coisa relacionada com o dia das mentiras, mas não me apetece, não estou para ai virada, vou antes partilhar convosco outra coisa.
Já devem ter reparado que sou um bocadinho saudosista, acho que todos somos um bocadinho, no entanto há pessoas que não gostam de o admitir. E estou a falar disto porquê? Porque vivo o mês de Abril, sempre muito intensamente. Porquê? Porque o mês de Abril sempre se cruzou com a minha vida em muitas ocasiões e de há 6 anos para cá tenho mais 2 razões para festejar o mês de Abril, faço 6 anos de namoro e o Carlos festeja o seu aniversário também neste mês. Essas duas datas, vou deixá-las para mais tarde.
Porque hoje quero partilhar convosco, algo que sinto desde pequena, que é a sensação estranha de achar que deveria ter nascido uns 20 anos antes do ano que nasci, porque me identifico com muita coisa que aconteceu nestes tempos e para os ter vivido não poderia estar na barriga da minha mãe (eu só nasci em Dezembro de 1974), no entanto ainda bem que não as vivi (ou será que vivi de uma outra maneira?), porque acho que era capaz de dar umas quantas “dores de cabeça” aos meus pais, quem sabe até não teria ido parar “com os costados” a uma prisão qualquer, por manifestações impróprias para uma rapariga? Não se assustem, porque não seria uma daquelas “malucas” que tirava o soutien em praça pública e o queimava, as minhas manifestações seriam mais de outro género.
Admito aqui, que sempre fui diferente das minhas amigas, que sempre gostei de ouvir as canções antigas que nada tinham a ver com meu tempo, que sempre gostei de roupas que não tinham nada a ver com a loucura dos anos 80, que comecei a ter interesse por questões políticas, quando se calhar ainda tinha idade para andar a brincar á apanhada, que sempre tive curiosidade em saber o porquê de o meu pai chorar, sempre que via umas imagens a preto e branco na televisão, com uns senhores vestidos de tropas no meio do mato, que nunca me tenha entrado na minha cabeça que a minha mãe e a minha avó tivessem que ir ás 6.00 horas da manhã para a bicha do leite em pó, se queriam ter leite para dar ao meu irmão, assim como muitas outras coisas... enfim, coisas a mais para a cabeça de alguém que nasceu depois de 1974...
Durante este mês vou falar-vos aqui de algumas situações, tentando não melindrar ninguém, pois acima de tudo respeito quem viveu estas situações mas as entende de outra forma.

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